O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO EM ARTHUR SCHOPENHAUER
Parole chiave:
Schopenhauer, Vontade, Representação, KantAbstract
O artigo busca analisar os conceitos de vontade e representação na obra O mundo como vontade e representação, de Arthur Schopenhauer. A origem filosófica destes conceitos encontra-se em Kant, mais especificamente nas concepções de mundo fenomênico e numênico (coisa-em-si), os quais representam, respectivamente, o domínio do conhecimento possível e o âmbito daquilo que não se pode conhecer pela razão humana. Nesse contexto, Schopenhauer ressignifica o conceito kantiano de fenômeno, relacionando-o com o de representação, bem como afirma ser possível relevar o mundo numênico, no qual residiria a vontade. Com isso, a representação expressa a aparência externa do mundo, enquanto que a vontade é a essência em si de todas as coisas. Com efeito, a vontade é uma força cega, insaciável e irracional que move todos os seres. A partir daí, aborda-se as implicações geradas pela primazia da vontade perante as representações, especialmente na natureza humana, cujo resultado é dor e sofrimento.
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