O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO EM ARTHUR SCHOPENHAUER

Autores

  • Hayan Deonir Flach Faculdade Palotina - FAPAS
  • Douglas João Orben Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Palavras-chave:

Schopenhauer, Vontade, Representação, Kant

Resumo

O artigo busca analisar os conceitos de vontade e representação na obra O mundo como vontade e representação, de Arthur Schopenhauer. A origem filosófica destes conceitos encontra-se em Kant, mais especificamente nas concepções de mundo fenomênico e numênico (coisa-em-si), os quais representam, respectivamente, o domínio do conhecimento possível e o âmbito daquilo que não se pode conhecer pela razão humana. Nesse contexto, Schopenhauer ressignifica o conceito kantiano de fenômeno, relacionando-o com o de representação, bem como afirma ser possível relevar o mundo numênico, no qual residiria a vontade. Com isso, a representação expressa a aparência externa do mundo, enquanto que a vontade é a essência em si de todas as coisas. Com efeito, a vontade é uma força cega, insaciável e irracional que move todos os seres. A partir daí, aborda-se as implicações geradas pela primazia da vontade perante as representações, especialmente na natureza humana, cujo resultado é dor e sofrimento.

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Publicado

2024-08-08

Como Citar

DEONIR FLACH, H.; JOÃO ORBEN, D. O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÃO EM ARTHUR SCHOPENHAUER. Frontistés - Revista Eletrônica de Filosofia e Teologia, Santa Maria, RS, v. 18, n. 33, 2024. Disponível em: http://revistas.fapas.edu.br/index.php/frontistes/article/view/206. Acesso em: 10 dez. 2024.