INVESTIGAÇÃO ACERCA DO CONHECIMENTO NO PENSAMENTO DE GEORGE BERKELEY

Autores

  • Alex Dorneles Faculdade Palotina - FAPAS
  • Paula Carolina Gans Faculdade Palotina - FAPAS

Palavras-chave:

Percepção, Deus, Conhecimento, Realidade

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar e compreender qual é contribuição de George Berkeley para a filosofia. Sabemos que ele é um bispo da igreja Anglicana e que irá refutar o pensamento materialista. Tendo em vista que o materialismo anula a existência de Deus, dessa maneira as coisas existiriam sem a necessidade de terem algo além daquilo que o sujeito está vendo, elas seriam por si só alguma coisa e nesse sentido isso é um pensamento do puro ateísmo, pois o principal argumento do ateísmo era a existência da material fora da mente. Para sustentar o seu argumento Berkeley afirma que somente existem as coisas que podem ser percebidas. A ideia é o pensamento que temos sobre algo que conhecemos, mas alguém pode estar se perguntando nesse momento, e as coisas que eu não conheço e não percebo como o autor explica? A resposta dele é clara e objetiva, Deus percebe tudo. Então conhecimento é perceber e esse perceber para os seres humanos se dá através do uso coerente dos sentidos, já aquilo que o humano ainda não percebeu, como por exemplo, as coisas que não conhecemos, Deus já percebeu. Para Berkeley existem dois espaços distintos entre os seres, um tátil e outro visual, pois tudo o que a percepção nos oferece é uma multidão de sentimentos que entre as quais existem correspondência e que precisa passar pelo crivo da razão. Berkeley não quer anular a matéria, pelo contrário, ele admite a existência dela, mas pelo uso pontual das sensações, pois se deixamo-nos levar pelas paixões podemos cair num equivoco incoerente com a realidade daquilo que está sendo representado.

Referências

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Publicado

2024-12-11

Como Citar

Dorneles, A., & Gans, P. C. (2024). INVESTIGAÇÃO ACERCA DO CONHECIMENTO NO PENSAMENTO DE GEORGE BERKELEY. Anais Da Semana Acadêmica De Filosofia. Recuperado de https://revistas.fapas.edu.br/index.php/safilosofia/article/view/239