A TRADIÇÃO DO CUIDADO DE SI EM SER E TEMPO

Autores

  • Eduardo Adirbal Rosa Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Palavras-chave:

Cuidado de si, Analítica existencial, Facticidade, Filosofia transcendental

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar a interpretação da analítica existencial de Ser e Tempo (1927), obra de Martin Heidegger, em termos de uma estética da existência, mostrando a vinculação de tal obra com a tradição filosófica do cuidado de si. Além disto, pretende-se apontar os problemas de tal interpretação e, assim, sinalizar para uma possível solução. Para tanto, foram analisados artigos da literatura que tem desenvolvido tal vínculo, partindo do seminal Ser y tiempo y el imperativo de una estética de la existencia (2010), de Adrián Escudero. Evidenciou-se que a interpretação esteticista é possível, dado que a tradição do cuidado de si e a analítica da existência partilham em comum a abordagem da questão da constituição do eu e da relação que se estabelece consigo mesmo. Entretanto, tal interpretação não considera a análise das condições de inteligibilidade, componente transcendental essencial da analítica existencial. Sinaliza-se, para o conceito de facticidade, o qual mostra o comprometimento da filosofia de Heidegger com uma concepção de investigação cognitiva e autônoma e, a título de conclusão, a possível compatibilidade entre a interpretação esteticista e a filosofia fenomenológico transcendental de um ponto de vista metodológico, a saber, através de uma semântica de cunho exemplarista.

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Publicado

2024-12-12

Como Citar

Adirbal Rosa, E. (2024). A TRADIÇÃO DO CUIDADO DE SI EM SER E TEMPO. Anais Da Semana Acadêmica De Filosofia. Recuperado de https://revistas.fapas.edu.br/index.php/safilosofia/article/view/262